
O QUE É O KARATE?
Karate é uma palavra japonesa que significa ‘mãos vazias’. Isto por que um karateca (praticante de Karate) utiliza durante a prática suas armas naturais, como: visão, mãos, braços, corpo, pés e cérebro.
É uma arte altamente cientifica, que faz o mais eficaz uso de todas as partes do corpo com finalidades defensivas. O objetivo maior do Karate é o aperfeiçoamento do caráter de seus praticantes com o treinamento árduo e disciplinadamente estrito da mente e do corpo.
Além de ser um excelente meio de defesa pessoal, constitui uma forma ideal de exercício. Desenvolve a força, a velocidade, a coordenação e o reflexo, e é indicado para efeitos de valor terapêutico.
O KARATE MODERNO
O Karate Moderno data do tempo em que o mestre Gichin Funakoshi (então cabeça da sociedade das artes marciais de Okinawa) foi solicitado em maio de 1922 pelo ministério da Educação do Japão para conduzir aulas de Karate em Tóquio. A nova arte entusiástica foi recebida e introduzida em várias universidades, o que fez com que nascesse a raiz e começasse a florescer o Karate Moderno.
Por ter sido praticado secretamente no passado o Karate formou um grande número de estilos (ou escolas) diferentes. Hoje há numerosos estilos no Japão e em todo o mundo, porém o mais influentes são: o Shotokan, Goju-Ryu, Shito-Ryu, Shorin-Ryu e o Wado-Ryu. A maioria dos principais estilos têm suas matrizes no Japão e filiais em outros países.
AS ORIGENS DO KARATE
O combate desarmado nasceu desde muito antes do que a própria história que se tenha conhecimento. Por isso, as origens mais antigas da artes são pouco definidas, escondidas freqüentemente no folclore de uma variedade de culturas de todo o mundo. Várias formas de combate desarmado foram praticados na Índia, China, Formosa e Okinawa, ao sul do Japão. Em Okinawa, a luta de ‘mãos vazia’, em um certo momento era praticada em segredo por causa da influência dos senhores feudais japoneses que tinham conquistado a ilha e, por isso, proibiam que seus subordinados carregassem as armas. Este ato de proibição das armas fez com que muitos dos povos começassem a praticar formas de combate desarmado em segredo. A partir daí, nascia a Arte Marcial Karate.
O KARATE COMO ESPORTE, SAÚDE E EDUCAÇÃO
O Karate praticado nas competições esportivas constitui num jogo de reflexos que exige sincronismo, velocidade, técnica, estratégia, espírito esportivo e um controle soberbo. Durante a competição, tudo se funde e embora demonstre golpes fortemente desferidos, estes devem ser, segundo as regras, curtos e justos, e principalmente, controlados nas regiões de contato perigoso.
Sendo muito emocionante e para prestar-se atenção, as competições de Karate são consideradas pela maioria dos mestre como uma “obra a ser lapidada e não um objetivo final no desenvolvimento do karateca”.
O Karate espalhou-se por todo o mundo rapidamente, não somente entre a geração mais nova como um esporte para melhorar a força, mas tornou-se também um meio popular de exercícios para que homens e mulheres de meia idade mantenham a forma e a saúde através de um saudável esporte, hoje considerado olímpico. O número crescente de procura do Karate foi estabelecido também por crianças.
AS COMPETIÇÕES
A competição de Karate divide-se em duas modalidades: Kumite e Kata. Este são como dois lados de uma moeda. O Kata é uma série sistematicamente organizada de técnicas ofensivas e defensivas, executadas em uma seqüência. Nesta forma de competição, o oponente eiste somente na visualização mental do concorrente. No Kumite, dois oponentes se enfrentam em uma luta. Cada um deve atacar e defender, tentando marcar pontos por meio do golpes apropriadamente colocados, num princípio onde se golpeia ou retrocede. Desta forma o Kumite pode ser considerado como uma aplicação dos fundamentos do Kata. Ambas modalidades podem ser competidas individualmente e em equipe.
KATA
O Kata continue-se em técnicas fundamentais do Karate – defesas golpes e esquivas são combinadas de uma maneira lógica. A competição de Kata pode ser por equipes e/ou individual. Os campeonatos por equipe consistem em um competição entre três pessoas. Cada equipe é exclusivamente formada por atletas masculinos ou exclusivamente femininos. O campeonato individual do Kata consiste no desempenho individual, divididos em categorias masculinas e femininas separadas. Os competidores deverão executar Katas obrigatórios (“SHITEI”) e de livre seleção (“TOKUI”) durante a competição, de acordo com os estilos de Karate reconhecidos pelo WKF, baseados nas linhas de Goju-Ryu, Shito-Ryu e Wado-Ryu.
KUMITE
O Kumite não constitui nenhuma pré-combinação de técnicas e são permitidos aos competidores fazer livremente uso de suas potências mentais, emocionais, físicas e técnicas. Entretanto, os oponentes devem controlar estritamente seus golpes, golpeando e retrocedendo. A luta começa quando o árbitro central dá sinal de inicio e pára cada vez que o mesmo dia “YAME”.
Há números de divisões de peso na disputa da categoria Kumite individual. O campeonato por equipe consiste em uma competição entre equipes com cinco pessoas em cada equipe. A pontuação da luta é determinada por qualquer um dos competidores que marque seis meio-pontos (6 WAZA-ARI), três pontos inteiros (3 IPPON) ou um a combinação destes.
AS ORGANIZAÇÕES
A WKF (World Karate Federation), corresponde à entidade internacional de administração do esporte; inicialmente na WUKO (União Mundial das Organizações de Karate), órgão criado em 1960. A partir de 1993, foi criada a Federação Mundial de Karate (WKF ou FMK), absorvendo a antiga WUKO, cujo objetivo principal dessa entidade era a unificação do Karate mundial, além de atender as normas e regulamentos do Comitê Olímpico Internacional. A WKF é constituída por 156 países-membro, separados em 5 uniões continentais: AUKI, EKF, OUKO, PKF e UAKF.
A CBK (Confederação Brasileira de Karate), fundada em 11 setembro de 1987, é a entidade Federal de administração do Karate e está filiada a WKF (World Karate Federation). É atualmente presidida pelo também membro da WKF e vice-presidente da PKF, Edgar Ferraz de Oliveira. Possui uma representação de 26 federações filiadas.
Artigo Retirado:Revista TopFight, 9ª Edição de 1999, páginas 12 a 13.
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