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Kung Fu Wing Chun Tao Chuan - Técnicas Avançadas

Breve Histórico do Wing Chun Tao Chuan

Após várias tentativas de invadir o templo Shaolin, os manchus conseguiram finalmente em 1733, com a ajuda de um monge traidor, envenenar a água do templo e incendiá-lo.

Sobreviveram a esse ataque apenas 5 mestres e 15 discípulos. Entre os monges sobreviventes havia uma mulher de nome N’g Mui; que apesar de ser a mais jovem dentre eles, era de hieraquia mais alta e a única que sabia o estilo secreto do templo.

N’g Mui refugiou-se no templo da garça branca na montanha de Tai Leung. Na região onde estava escondida, ela conheceu um comerciante de vagens, cuja filha estava sendo ameaçada por um marginal da localidade que a desejava para esposa.
A filha do comerciante, de nome Yim Wing Chun, treinou durante 3 anos a arte secreta do templo Shaolin com N’g Mui. Tornando-se ótima lutadora, Yim Wing Chun chegou a lutar e expulsar seu pretendente mau-caráter da região.
Ao casar-se, ela transmitiu o que aprendera da moja a seu marido Leung Bok Chau. Em homenagem a esposa, Leung Bok Chau chamou o estilo de Arte dos Punhos de Wing Chun, Leung Bok CHau transmitiu as técnicas de Wing Chun a um médico herbalista de nome Leung Lan Kwai.

Somente depois da velhice é que Leung Lan Kwai ensinou seus conhecimentos de luta ao jovem ator de opera chinesa Wong Wah Bo, por trabalhar em um junco vermelho, espécie de barco que viajava toda a china através de rios, levando as companhias artísticas de cidade em cidade para realização de espetáculos, é que Wong Wah Bo conheceu Leung Yee Tei.

Leung Yee Tei era o bastoneiro do junco, e aprendeu as técnicas de Wong Wah Bo, ensinando-lhe em troca a técnica de bastão longo na qual era especialista. Wong Wah Bo teve como discípulo Leung Jan, um respeitado médico da cidade de Fatshan. Esse por sua vez ficou tão hábil que lhe deram o apelido de O Rei do Kung Fu de Wing Chun.
Leung Jan teve alguns discípulos; dentre eles seus dois filhos Leung Tsun e Leung Bik, mais tarde juntou-se a eles um homem de nome Chan Wah Shun, cuja profissão de trocador de dinheiro não era bem vista na época. Devido a seu ramo de negócios Wah – o trocador de dinheiro – como era conhecido, teve que esforça0se muito para ser aceito como aluno.

Wah – o trocador de dinheiro – tornou0se um grande lutador e passou a ministrar aulas no templo ancestral da família Yip quando já estava com mais de 70 anos.
A família Yip era uma das mais ricas da região, mestre Wah teve vários alunos e entre eles o pequeno Yip Man, filho do proprietário. Ele treinava sempre cin garra e vontade admirável.

Após o falecimento de mestre Wah, Yip Man foi enviado a Hong Kong para aprimorar seus estudos em um colégio inglês, o que era de muito valor na época. Em Hong Kong, ficou conhecendo o já idoso Leung Bik, filho mais novo do mestre Leung Jan. lembrem-se que Leung Jan foi o professor de Wah – o trocador de dinheiro. Sendo assim, Wah e Leung Bik foram companheiros de treinos.

Yip Man passou a aperfeiçoar-se com Leung Bik e quando estava com 24 anos retornou a sua terra natal. Houve o conflito entre China e Japão, deixando a China devastada e após o fim da guerra ocorreu a batalha civil.
Como os comunistas venceram a revolução e na época Yip Man era capitão do governo nacionalista, teve que fugir para Hong Kong, pois senão seria morto devido ao seu cargo (maiores informações sobre Yip Man, leia na seção Mestre "Yip Man O Grande Mestre" desse site).

Chan Yu Min e Lui Yu Chain foram os introdutores do Wing Chun em Taiwan, Singapura, Tailândia e Malásia. Na Malásia ambos tiveram um aluno de nome See Tiong Foo, que após ter aprendido o estilo, foi a Hong Kong aperfeiçoar-se com Yip Man.

Mais tarde See Tiong Foo deu uma volta ao mundo, tendo passado pelo Brasil, onde teve um aluno de nome Marco Natali.

Marco Natali foi o primeiro professor a ensinar o Wing Chun no Brasil.

Ving Tsun – O único criado por uma mulher

O kung fu ving tsun é considerado uma das artes marciais mais pacatas e pacificas de todo o globo. Por quê? O motivo é deveras curioso: é a única arte marcial efetivamente criada por uma mulher. O nome dessa mulher é Yim Ving Tsun e, segundo o histórico do sistema Ving Tsun, registrado em pedra pelo Grão Mestre Moy Yat, a monja Ng Mui, do monastério Shoalin (Siu Lam) encontrou uma jovem chamada Yim Ving Tsun e ensinou-a Kung Fu para que ela pudesse se proteger de um líder local que queria desposá-la à força.

Posteriormente, a fundadora Yim Ving Tsun estruturou seu próprio sistema e em sua homenagem seus seguidores deram seu nome ao estilo.

Esse estilo adquiriu enorme popularidade na cidade chinesa de Hong Kong, alastrando-se para os cinco continentes. Atribui-se a Bruce Lee, o mais famoso praticante de Ving Tsun, o respeito internacional que o estilo adquiriu. No entanto foram mestre como Moy Yat que definitivamente estabeleceram a respeitabilidade da arte, consagrando-a como um dos poucos exemplos do apogeu das artes marciais chinesas que foi preservado de forma pura e completa. Fato que tem propiciado um especial benefício para o homem moderno, pois sua qualidade de vida pode ser comprovada através da energia vital, desenvolvida em função do refinamento de revolucionarias técnicas de combate.

Mas o que é Ving Tsun?
O estilo Ving Tsun é considerado uma arte marcial de notável eficácia em combate, sem, no entanto, possuir complicados movimentos que exijam excesso de força física ou complexos exercícios mentais para sua execução. É uma arte que normalmente utiliza os próprios golpes do adversário como forma de auto defesa, possuindo como golpe básico apenas um chute e um soco.

Parece pouco, mas não é. Devido ao principio da simplicidade, já se tornou a arte marcial mais praticada nos estados unidos, Inglaterra, Alemanha, Austrália e Hong Kong. Uma característica quase única do Ving Tsun é a de se adaptar as particularidades de cada aluno, sempre respeitando os limites físicos.

Formas de Treinamento
O Ving Tsun possui dois tipos de treinamento: treinamento com mãos livres e treinamento com aparelhos e armas. O primeiro se subdivide em três estágios, nos quais o aluno deve primeiramente aprender a conviver com seu próprio corpo, descobrindo seus pontos de equilíbrio. É, na realidade, e acima de tudo, um processo de autoconhecimento, no qual o objetivo principal é levar o individuo a superar suas características negativas e maximizar as positivas, seja no combate ou nas atividades cotidianas.

O segundo tipo de treinamento é o que envolve aparelhos e armas. O praticante tem, neste apredizado, contato com o Muk Yan Jong (boneco de madeira), Gerk Jong, bastão (Luk Dim Boon Kwun) e com facas duplas (Bot Jom Doa), cujo manejo é uma das últimas técnicas transmitidas por um mestre ao seu discípulo.

Ving Tsun no Brasil
No Brasil, mestre Léo Imamura (mestre sênior 7° grau) é o representante da América do Sul da International Moy Yat Ving Tsun Federation e do Ving Tsun Museum, único museu da modalidade no ocidente, idealizado pelo mestre Benny Meng. Com 36 anos, Léo Imamura (eleito presidente da federação paulista de kung fu em 1994) é o mais jovem de um seleto grupo de treze mestres em todo o globo que possuem a mesma graduação que ele, outorgadas pelo Grão mestre Moy Yat. Adentrou na pratica do kung fu com dezesseis anos e pouco tempo depois abandonou a faculdade de direito (no 4°ano) e dirigiu-se a China para ampliar seus conhecimentos. Partiu em busca de um caminho a ser encontrado. Aportou primeiro nos Estados Unidos, onde conheceu o mestre Moy Yat.

De Lá seguiu para seu destino, esperando encontrar muito mais do que já sabia. Em um país estranho, cuja língua não dominava e com poucas condições financeiras, Léo viu seus objetivos frustrados e foi forçado a regressar. Retorna aos Estados Unidos e inicia sua aprendizagem com Moy Yat. Nesse momento aprende o verdadeiro significado do Ving Tsun e a forma autentica de ser praticado “Com o grão mestre Moy Yat, aprendi que o Ving Tsun não deve ser treinado com objetivos e combate. Ele é uma forma de crescimento pessoal, e a auto defesa e eficiência em lutas são apenas conseqüências, e não a motivação central do praticante”, declara Imamura.

Seguindo essa doutrina para ensinar, Léo coordena várias academias incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Bueno Aires (Argentina). Faz questão de visitar cada uma todos os meses, assim como conhecer cada aluno. “Em minha academia, tenho conhecimento da vida de todos os membros da minha família kung fu, e me sinto responsável pelo desenvolvimento deles”, revela o dedicado mestre.
Seus alunos têm ainda a opção de fazer estágios em qualquer academia de Ving Tsun do planeta – vinculada a International Moy Yat Ving Tsun Federation, com o direito a alojamento e aulas gratuitas durante uma semana.

Quanto à questão da violência, o mestre afirma que a coíbe, não pela forma de ensinamento, sempre voltada para a solidariedade e complacência: “Se algum dia um aluno procurar briga em rua, terei fracassado como professor, pois terei formado um aluno sem equilíbrio suficiente. O erro terá sido meu, e não apenas dele”.

Além da representação de Moy Yat no Brasil, Imamura trabalha em prol da expansão e popularização das artes marciais na comunidade brasileira. Uma de suas maiores realizações nesse campo foi viabilizar a implantação da disciplina ‘Artes Marciais’ na grade curricular da Faculdade de Educação Física de Santo Andre (FEFISA). O porquê de fazer isso? Ele mesmo responde: “A arte marcial é uma das práticas que mais trabalham a formação do caráter e também um dos que têm maior potencial disciplinador, requisitos importantes na formação de nossos alunos”, sentencia com sabedoria o Grande Mestre.

Artigo Retirado de Top Fight, n°07 de Junho de 1999, páginas 65 a 66.

Livro de Exercícios de Kung Fu - Michael Minick

Capítulo 01
Segredos de Saúde da Velha China


Algumas das formas mais avançadas de ginástica terapêutica de que se tem notícias são praticadas nas China há muitos séculos, embora sejam quase totalmente desconhecidas dos mundo ocidental.

Felizmente os tempos estão mudando e a cortina de segredos que nos separava da China está sendo levantada. Pela primeira vez, estamos conhecendo uma técnica da medicina chinesa que foi desenvolvida nos últimos cinco mil anos.

Neste livro o leitor será apresentado a um mundo fascinante, que a ciência ocidental mal começou a explorar. Utilizando um método até agora mantido em segredo, milhares de ocidentais poderão atingir um grau de saúde, aptidão física e bem-estar emocional outrora reservado apenas aos chineses.

O sistema que vou descrever é muito mais que um conjunto de exercícios físicos. É parte integral da medicina chinesa. As armas tradicionais da medicina chinesa são restritas em número, a moxibustão (uma forma de tratamento na qual os pontos da acupuntura são levemente aquecidos, em vez de serem esperados com agulhas), massagens, remédios a base de ervas, e, principalmente ginástica. Mesmo hoje em dia, todos os estudantes de medicina chineses são obrigados a fazer cursos de educação física, em contraste direto com os estudantes de medicina ocidental.

A atitude dos chineses com relação ao efeito da ginástica sobre o corpo difere bastante das idéias ocidentais. Enquanto o objetivo dos exercícios ocidentais é fortalecer os músculos, os chineses estão interessados em fortalecer os órgãos internos, os nervos, as juntas, os ligamentos e os vasos sanguíneos. Está é a diferença básica entre os dois sistemas. Os médicos chineses atribuem a maior parte das doenças a fraqueza interna e acreditam que se essa fraqueza forem corrigidas através de exercícios físicos não haverá lugar para a doença. Por outro lado, os ocidentais tendem a encarar a doença como resultado de bactérias ou outros agentes externos, que procuram eliminar através de remédios. De forma um pouco exagerada, poderíamos dizer que os orientais procuram melhorar as condições internas, enquanto os ocidentais tentam modificar o ambiente.

Ultimamente, entretanto, a medicina ocidental tem concordado com o ponto de vista oriental em alguns casos. Experiências realizadas no ocidente revelaram que certos exercícios podem fazer os órgão internos aumentarem (ligeiramente) de volume, e que esses órgão “exercitados” são mais resistentes a doenças. Assim, por exemplo, quem sofreu um ataque cardíaco é aconselhado a fazer exercícios moderados, para fortalecer o músculo cardíaco. Há quinze ou vinte anos atrás, as autoridades médicas teriam considerado este método como suicida! No entanto, estudos recentes provaram que um bom programa de exercícios físicos pode realmente curar muitas pessoas. Um exemplo bem conhecido é o do astronauta Deke Slayton. Retirado da ativa por causa de um problema do coração, ele foi mais tarde considerado normal pelos médicos e voltou a participar do programa de treinamento. Sua recuperação foi atribuída a exercícios diários para fortalecer o músculo cardíaco.

Os exercícios deste livro são baseados nos “antigos exercícios dos tecelões de seda”, que fazem parte da cultura chinesa há mais de cinqüenta séculos. Eles devem seu nome aos movimentos executados durante o processo de tecer com fio de seda; aparentemente, esses movimentos são suaves e fluidos, mas na realidade tanto os tecelões como a seda são fortes e seguros. Criados por um mestre de kung fu, cujo nome a historia não guardou, esses exercícios eram inicialmente praticados por seus discípulos para fortalecer a saúde, enrijecer os músculos, estimular os órgãos internos e assegurar uma longa vida.

Na antiga China, o mestre de Kung Fu era um guerreiro; no inicio, o kung fu era pouco mais que uma técnica de defesa pessoal e de exercícios. Mais tarde, o Kung Fu se transformou em um sistema complexo de medicina, filosofia, literatura etc. (vide capitulo 4). Os novatos tinham que praticar os antigos exercícios durante vários meses para que seus corpos pudessem suportar as formas do kung fu.

O extraordinário sucesso destes notáveis exercícios atraiu a atenção de alguns médicos chineses, que passaram a recomendá-los aos pacientes. Em pouco tempo, eles se tornaram extremamente populares na China.

Durante os cinco mil anos que se seguiram, até o século atual, os médicos e mestre de kung fu refinaram e aperfeiçoaram as técnicas primitivas. Entretanto, antes de os comunistas assumirem o poder, o prestigio da medicina chinesa tradicional estava em declínio, e os chineses se voltaram cada vez mais para a medicina ocidental. Menos de um ano depois de subirem ao poder, os novos lideres da China organizaram uma conferencia que reuniu médicos de todas as correntes. Jovens e velhos receberam ordens para trabalharem juntos e examinarem de forma crítica as técnicas tradicionais. O resultado foram espantosos: todas as áreas de medicina tradicional tiveram sua eficácia comprovada.

A acupuntura, que consistem em estimular órgãos internos através de caminhos nervosos chamados de meridianos, ganhou novo prestigio quando exames de laboratório confirmaram sua extraordinária eficácia. Isto por sua vez levou a novas pesquisas, que conduziram a novas aplicações, como a anestesia por acupuntura. Os remédios a base de ervas, que haviam caído em descrédito, revelaram-se extremamente eficazes, desde a tosse até a mordida de cobra. Mas os resultados mais espetaculares foram conseqüência das pesquisas a respeito de exercícios terapêuticos como os antigos exercícios e outras variações do kung fu.

Milhares de homens e mulheres que sofriam de doenças crônicas foram tratados exclusivamente através de exercícios e técnicas de respiração, com uma porcentagem de curas da ordem de noventa por cento. Pesquisadores mediram os órgão internos dos pacientes antes e depois do tratamento. Na maioria dos casos verificaram que os órgãos haviam aumentado de volume e estavam mais fortes. Grupos de controle, tratados por métodos mais convencionais, não revelaram melhoras semelhantes. Através de uma investigação exaustiva os chineses provaram cientificamente a necessidade de exercícios para os órgãos internos.

Estas descobertas revolucionárias foram quase totalmente ignoradas fora da China. Os primeiros resultados foram publicados no final dos anos 50, mas não atraíram a atenção da comunidade cientifica – com a notável exceção da união soviética, que logo instituiu seu próprio programa de pesquisas. Hoje em dia, quase vinte anos depois, os estados unidos e outros países do ocidente estão começando a seguir o exemplo da Rússia, à medida que novos testes de laboratório demonstraram a importância do exercício para os órgãos internos.

Os antigos exercícios dos tecelões de seda são capazes de fortalecer e estimular os órgãos do corpo. Estudos médicos realizados na China demonstraram que contribuem de forma decisiva para o tratamento de doenças do sistema respiratório, sistema digestivo, sistema circulatório e do sistema nervoso. O segredo do seu sucesso está no fato de que cada exercício é dirigido a órgão, nervos e músculos específicos, através de uma combinação cientifica de movimentos corporais e controle da respiração.
O uso de exercícios tradicionais foi objeto de uma extensa pesquisa, executada durante muitos anos no famoso sanatório de Xangai. Milhares de casos cuidadosamente documentados demonstraram sem sombra de dúvida a eficácia dos antigos exercícios e outros exercícios de respiração de Kung Fu no tratamento de uma grande variedade de doenças , como ulceras duodenais, depressão, vômitos, prolapso do estomago, exaustão nervosa, complicações sexuais e falta de apetite. Este tipo de tratamento surtiu resultados notáveis em casos em que o tratamento convencional havia falhado.

Superficialmente, o sistema é parecido com o Hatha Yoga que utiliza posturas e técnicas de respiração. Mas o Yoga se baseia em difíceis posições estáticas, enquanto os exercícios antigos se concentram no movimento fluente.

"Por se tratar de um livro, está parte que se segue nao está completa, sendo acrescentada ao longo do tempo, mas o capítulo completo encontra-se disponivel para ser baixado."
Equipe Artes Imortais

Download deste Capítulo Completo

Senha: michaelminickcap1
Livro de Exercícios de Kung Fu, Michael Minick, 1974, páginas 07 a 17

Ba Gua Zhe Xiue

A teoria do Ba Gua

O ga Gua Zhang tem uma teoria que o fundamenta, o Ba Gua Xiue (quando se diz Ba Gua Xiue, ou teoria do Ba Gua), sua expressão física e sua forma marcial.
Em um livro milenar chamado Zhoiu Yi, estão compiladas as três teorias que compõem o Ba Gua Xiue: budismo, taoísmo e confucionismo, que também são a essência da filosofia oriental. Hoje em dia, a teoria sobre o Ba Gua está disseminada pelo mundo.
O Ba Gua é composto de Ying e Yang e sua variações. No Ba Gua o Yang é representado pelo Yanog Yao e o Yin é representado pelo Yin Yao.

O Ying e Yang compõem o Liangyi. A união de vários Liangyi forma o Si Xiang (quatro formas).
Finalmente, uma composição de Si Xiang forma o Ba Gua. Cada parte do símbolo é chamado de Gua. O Gua tem que ter sempre três Yao, portanto o símbolo tem no total 24 Yao.

Cada um dos oitos Guas tem sua forma e seu nome:
Um Ba Gua pode ter seis Yao, com a combinação destes Gua , pode-se ter 48 Yaos.
Combinando os Yaos de 64 Guas, pode-se ter 384 formas diferentes. Os chineses antigamente usavam estas combinações para entender as manifestações da vida, como o ganhar e perder, o sucesso e o fracasso, entre outras.
Interpretar o Yao Ci ou Gua Ci através de caracteres e palavras é o que se chama de I-Ching.
Zhou Wen Wang escreveu um livro para interpretar e entender o I-Ching.

A Origem do Ba Gua

Há dois tipos de Ba Gua: Hou Tian e Xian Tian (o mais antigo). O Xian Tian Ba Gua foi criado por Fu Xi Shi.
Fu Xi estava em uma floresta treinando e sentiu o Qi da natureza por todos os lados, observando o movimento natural do rio amarelo surgiu um ser: um unicórnio. Do desenho formado pela pigmentação desta figura Fu Xi idealizou o Ba Gua.
O Ba Gua assim criado era horizontal e de forma simplificada. Em seguida, foi criado uma forma retangular e quadrada, até chegar ao símbolo circular, chamado Ba Gua Xian Tian.
Na província de Shan Xi surgiu uma tartaruga grande com oito patas e quatro olhos. No caso da tartaruga havia uma figura muito parecida com o Ba Gua. A partir desta figura, Xia Yu idealizou um desenho chamado de Luo Shu. Assim a sociedade chinesa fez a transição da era Fu Xi para Xia Yu.
Posteriormente Zhou Wen Wang utilizaram métodos de Qi Gong para sentir a natureza e criar a teoria do Ba Gua. Para criar a figura da Ba Gua, observaram os movimentos da tartaruga, do cavalo, do unicórnio, as pegadas dos pássaros e o desenho dos rastros das formigas.
Assim da observação da natureza, foram criadas as formas horizontais e circulares do Ba Gua.

Ba Gua Zhang

É uma manifestação da teoria do Ba Gua. A teoria do Ba Gua não é importante só para que pratica Wu Shu, quem pratica o Feng Shui também precisa conhecer e utilizar o Ba Gua.

No corpo humano os órgão internos estão relacionados com os Guas da seguinte forma:
Cérebro – Tiem Gua
Rim – Ham Gua
Coluna Vertebral – Chem Gua
Aparelho Digestivo – Sum Gua
Cóccix – Sum Gua
Região do Coração – Kum Gua
Fígado – Tuei Gua

Na Parte Externa do Corpo Humano:
Xian Pan Tian – Kam Gua
Pescoço – Kem Gua
Pé, Joelho – Chen Gua
Cavidade Bucal – Tui Gua
Membros – Su Chiem (quatro formas) podem ser divididos em oitos articulações que podem se transformar em 64 formas.

Caracteristcas Exclusivas do Ba Gua Zhang

Diferentes dos outros tipos de Kung Fu porque utiliza o movimento circular de caminhar. Não utiliza saltos, somente o caminhar. No andar, pode-se movimentar para frente, para trás, para os lados. Estas mobilidades devem ser norteadas por quatro elementos.
O objetivo do andar é modificar o local onde está, não permanecer estático;
Sentir a distancia do inimigo;
Beleza (estética) do movimento;
Energia (pensamento e força);
Sistema (modo de fazer);
Movimentos Naturais (seguir o movimento da natureza).

Em um nível mais elevado de Ba Gua pode-se chegar à áreas do Qi Gong. Treinando a energia na ponta dos dedos, pode-se utilizar o Qi Gong para atingir o oponente na luta.
O intuito da prática do Ba Gua Zhang é cultivar a saúde e por isso é preciso seguir os princípios do Wu Shu.

Conteúdo do Ba Gua Zhang
A- Andar em linha reta
B- Andar em sentido de S.
C- Andar em Círculo
D- Andar aleatoriamente
E- Andar na base do Ba Gua (oito palmas)
F- Oito grande palmas
G- 64 palamas (Ba Gua You Shen Lian Huan Zhang)
H- Combinações de várias formas
I- Ba Gua Jiu Gong Zhang (oito palmas + centro)
J- Ba Gua Dui Lani (contato com outro)
K- Ba Gua Tui Shou
L- Ba Gua Qi Gong

Conteúdo Retirado de: FightMagazine, Paginas 34 a 35.

O Médico Hua Tuo e o Wuqinxi

No período da dinastia Han do leste (150-220 aC), existiu um médico chamado Hua Tuo, que trabalhava nas províncias Shandong, Jangsu, Henan e Anhui. Era um grande especialista em cirurgias e acupuntura e podia tratar enfermidades diferentes.
Por falta de anestesia nas operações cirúrgicas, os pacientes sofriam muita dor.

Hua Tuo, em estudos repetidos que fez sobre ervas medicinais, obteve a Mafeisan, anestésico de efeito total para qualquer operação. Mais tarde, esta anestesia se difundiu no Japão, Coréia, Arábia e África do Norte, sendo 1600 anos mais antiga que a anestesia dos países ocidentais.

Hua Tuo considerava que os homens deveriam mexer-se com freqüência para conseguir uma circulação normal do sangue e evitar enfermidades. Mais tarde isso o levou a criar e a projetar o famoso Wuqinxi ou Wu-Chin-Si que significa ‘Jogo dos Cinco Animais’.

O Wuqinxi consiste em imitar os movimentos, tais como: tigre desce da montanha, cegonha separa, o urso usa um só braço, o macaco colhe a fruta, o veado esconde o pescoço.

Estes foram os primeiros exercícios medicinais da China (Jogo dos Cinco Animais).

Ebook Original das Formas do Cinco Animais
Senha: 5animais


Conteúdo Retirado de: KUEN TAO – O livro completo do Kung Fu, Paginas 13 a 15

O que é o Kung Fu

Kung Fu, traduzido literalmente do chinês, não significa briga ou defesa própria, como poderia se esperar. O que há tempos o ocidente chama Kung Fu tem vários equivalentes chineses, o mais comum dos quais é o Wushu, que significa arte marcial ou arte da guerra. Alguns anos depois da formação da republica chinesa, em 1912, o nome foi trocado em forma oficial para kuoshu, ou artes marciais, na atualidade voltou a ser wushu no continente. Outras terminações chinesas com as que o estudante ocidental deve familiarizar-se são Chung Kuo Chuan e Shuai-Chiao, que significa “box chinês”, o primeiro e “luta chinesa” o segundo.

É necessário uma advertência referente a tradução dessas terminações. Linguagem basicamente monossílaba, carente de gênero ou de tempo gramatical, cada palavra chinesa pode possuir vários significados. No que é essencialmente uma linguagem estruturada de maneira sensível, está entre as mais difíceis do mundo referindo-se a traduzir exatamente. A leitura de alguma seleção de manuais marciais chineses confirmará o problema.

A terminação Kung Fu cobre uma área de significado muito mais ampla em chinês do que em artes nacionais ou marciais; pode significar disciplina ou habilidade que requer esforço supremo para se adquirir domínio dela. Pode significar trabalho efetuado, uma tarefa, força, habilidade, um triunfo em algum campo escolar ou habilidade de qualquer classe. Não existe uma interpretação precisa e muito depende do contexto que seja utilizado. Kung Fu é usado seguidamente como uma expressão genérica que significa exercício.

Qualquer mestre de uma arte ou ciência particular podia ser descrito como possuidor do Kung Fu. É interessante notar que o nome “Confúcio”, o filosofo e sábio chinês, é uma latinização de seu nome chinês, King Fu-Tzu.

Não está claro porque chegamos a empregar no ocidente a terminação Kung Fu de modo quase exclusivo em vez de Wu Shu. Uma explicação sostem que o tempo e a prática requeridos para se conseguir o grau de mestre (Si-Fu) em Box chinês conduziram a que a artes mesmo, e não o homem, fosse descrita como Kung Fu. A maioria dos estudiosos acham que o uso da palavra em qualquer das artes marciais é uma terminação familiar que se originou na china meridional. A prática de alguns produtores cinematográficos chineses especialmente de Hong Kong, em anos recentes, de catalogar seus filmes de artes marciais como “Filmes de kung Fu” tem servido, naturalmente para reforçar o nome errôneo. Então. Para o bem da conveniência e a familiaridade temos usado a terminação Kung Fu em todo este livro, em vez de Wu SHu ou Kuo Shu.

O papel do kung fu na história da China (mais adiantes explicaremos em detalhes sua cronologia) tem tomado uma importância sociológica e política muito maior que qualquer matéria comparável na cultura ocidental. De dato, a maior dificuldade no que se refere a uma clara definição do kung fu para os públicos ocidentais é a falta de fenômenos comparáveis. O Kung Fu em parte religião, filosofia e defesa própria, é exclusivamente oriental. Se esperava que os mestre e Kung Fu da China antiga estudassem um extenso e aturdido programa de habilidade e artes que abarcavam armamento, medicina, filosofia prática (Budismo, Zen, Taoísmo), estratégia militar, alquimia, caligrafia, música, poesia e muitas outras. O objetivo era a criação do homem integro ou “superior”, assim não bastava ser um grande lutador. Paciência, sabedoria, bondade e restrição, além de refinamento cultural e desenvolvimento do Chi (energia interior) e I (força de vontade), eram todas características essenciais do Si-fu verdadeiramente de Kung Fu.

Os anos de treinamento árduo e sacrifício incluindo na aquisição de tal habilidade assinalavam o mesrte de Kung Fu como um individuo respeitado e objeto de reverencia. O Si-fu, defensor do pobre, do injustiçado, do perseguido, tem passado, através dos anos da história chinesa como herói nacional. No que agora a literatura popular que relata as aventuras dos herói do Kung Fu é uma industria prospera, análoga em certa forma as novelas policiais e do oeste de nossa cultura. Na china comunista, a fascinação pelo Si-fu do Kung Fu, solitário, desarmado, defrontando só uma dúzia de adversários, tem começado a desvanecer-se a raiz do encobrimento do herói proletário. Fora da China Continental, Hong Kong, Taiwan e Singapura, as livrarias sempre trocam nas suas estantes livros de aventuras de Kung Fu, muitos deste de natureza tão violenta e sanguinária que os mesmo princípios da arte tem sido descartados.

Dede seu começo no passado obscuro da China, até o fim da dinastia Ming, a história tem estado ligado por tradição a dos guerreiros, imperadores e sacerdotes; suas associações históricas o estabelecem como uma forma de vida, não como uma atividade de tempo de ódio, no que agora, seria difícil classificar o Kung Fu como esporte, mas os exercícios e técnicas respiratórias que formam uma parte do treinamentos essencial podiam ser descritos acertadamente com os elementos para uma mente e corpo sadio. Mas tem pouco valor a intenção de comparar a arte do kung fu com qualquer ramo de esporte ou ginástica ocidental. O Kung Fu não foi concebido como um esporte, em seu sentido genuíno, nunca pôde converter-se em um deles. Mesmo que certas técnicas e estilos ensinados nas inúmeras escolas de Kung Fu estabelecidas agora fora da china continental, afirmam que oferecem ao novato treinamento em “a antiga arte”, de fato trataram, quase que por completo de aspectos marciais; assim, omitem por completo a acumulação de conhecimentos espirituais ou filosóficos. Não sempre ocorre assim: nos tempos antigos, o fato de um novato ser aceito por um mestre podia implicar em vários anos prévios de esforço formal por parte do estudante. Para expulsar os indignos, como para adquirir habilidades tão temíveis, os professores sujeitavam tradicionalmente ao seus discípulos potenciais a uma série de provas e humilhações, criados para desanimar a todos, exceto os mais persistentes. Hoje tudo o que requer o novato para inscrever-se em uma escola de Kung Fu é pagar a matricula e contar com a instrução e treinamento.

Muitos instrutores tradicionais deploram este comercialismo indicioso contra o que pensam. Há uma herança cultural inapreciável, mas há outro lado da história, para entendê-lo, primeiro devemos examinar o velho feitiço chinês para o segredo, e o mal que tem provocado isto nas artes marciais através dos séculos de emprego. O segredo entre os mestre de Kung Fu na china feudal era costume aceito, e em verdade essencial como resultado tem-se perdido muitas formas e estilos especialmente do sistema interno. Com a morte de cada mestre, incapaz de separar-se de seu caudal particular de segredos, incluindo em favor de seus estudantes de maior confiança a suma total de conhecimento se reduziu. Tem sucedido que mestre de Kung Fu lamentam em seu leito de morte terem retido muita sabedoria durante muito tempo: meus filhos aqui está a aprendizagem integra, a sabedoria oculta... se desperdiçarem, é tesouro que nunca vê-a luz do dia, o silencio emprega justamente quando vai pelo lado errado, mas não constitui o túmulo da sabedoria.

Um Si-fu de Kung Fu podia ter entre muitas coisas qualquer razão para se calar e reter informação: primeiro, poderia pensar que seu aluno não estava preparado para maior graduação; em outro caso, talvez argumentasse que um novato apreciará mais a responsabilidade que acompanha ao conhecimento se a informação e as técnicas forem pequenas, durante um prolongado período de treinamento. O silencio reciprocamente, podia ser bem empregado para mascarar a incapacidade de um Si-fu como professor ou seu temor para com os rivais, por último, muitos mestres eram budistas ou taoistas e também eram proibidos ensinar a estranhos das suas religiões.

Em todo caso, essas preocupações eram uma necessidade absoluta na china feudal. Mas seus votos solenes de pacifismo e segredo, muitos experts de Kung Fu convertiam-se em líderes renegados de bandos e bandidos que aterrorizavam aldeias e povos. Não eram estranhos que quem se infiltrava nos templos budistas usurpasse da autoridade de sacerdote e cometesse os recintos de tais centros em terrenos de treinamentos para rebeldes e proscritos. A segurança geográfica e os resguardos amuralhados que rodeavam a muitos templos ofereciam dos ditos bandos firme proteção contra represarias de força do governo e ações rivais.
Assim pode argumentar-se que a renuncia de ensinar Kung Fu a qualquer um, exceto a discípulos provados, constituía o único caminho inteligente de ação, mas a obsessiva fixação referente ao segredo que nasce desta tradição, e que ainda persiste foi um conceito completo, diferente e com duplo fio: em muitos casos tem constituído não unicamente “o túmulo da sabedoria”, senão tem ainda estendido licença para fofoqueiros e profissionais do tipo: porque, quem vai discutir sua maestria a um arte envolto em contradições e dividido em mil escolas?

Com a rápida programação da febre do Kung Fu em todo o mundo ocidental, o problema tem se multiplicado. O publico crédulo de Londres a Los Angeles faz fila para entrar nas aulas e salões de Kung Fu, sem a menos possibilidade de mostrar com antecipação a competência de seus instrutores. Apesar de existirem muitos desde últimos (mas muito poucos mestres) honestos e com reputação residentes no mundo ocidental, há também quem cobre altos honorários em troca de poucas lições básicas de respiração e ginástica a nível de principiante. Também não se limita esse problema ao publico ocidental, J. Yimm Lee, sino-americano, relata em seu livro “Wing Chun Kung Fu” como durante três anos estudou “Si Lum Kung Fu” (Box Shaolin)sob a direção de um instrutor em São Francisco: “durante esses anos... - disse em sua instrução - ...não vi os estudantes fazerem combate livre só uma vez... entendi depois que todo o repertório era somente uma tática para matar o tempo e cobrar honorários mensais”.
Do mesmo modo, a escassez de livros que falem a respeito de Box chinês, tão rico em legendas e tão cheio de feitos, proporciona muito situado para manobrar a quem de maneira principal concentra seu interesse no potencial que, para a explosão, brinda o Kung Fu. Espere-se que os esforços voluntários de organização como o conselho de Kung Fu da Grã-Bretanha, melhorarão a situação no futuro mais próximo.

Na atualidade, os únicos conselhos que ofereciam este autor a quem tenha resolvido ingressar uma academia ou instrução de Kung Fu, são estes:
1. Nunca pague com antecipação grandes somas em dinheiro.
2. Não entre em uma academia ou clube pensando que pode converter-se em um expert em poucas semanas ou em meses, isso requer anos de prática e dedicação.
3. Recorde que você deve ser ‘idôneo’ para a instituição (ou melhor para o estilo ensinado ali) tal como aquele deve ser a adequada a você.
4. Procure sempre que tiver oportunidade de treinar mais e largue a academia sempre que não pareça fazer nenhum adiantamento no seu treinamento.

Então para resumir, o que é o Kung Fu? Por suposto, primeira e principalmente é um meio de defesa própria por excelência, mas é mais que isso, sob a superfície de ataques relampejantes, bloqueios, chutes e golpes, traz uma filosofia da vida com data de mais de cinco mil anos. Compreender o Kung Fu significa alguma coisa mais que aprender a defender-se, como esperamos mostra nesse livro.

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Artigo Retirado:Revista Ninja, Primeira Edição de 1987, páginas 12 a 14. Senha: oqueekungfu
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Pai Ho - Kung Fu

A lenda dos Oito Imortais Bêbados...

A lenda conta que existiam oito imortais que dedicavam seu tempo na prática da meditação. Combinavam as técnicas antigas de Yoga Chinesa (Chi Kung) obtendo habilidades extraordinárias.

Por lei natural se tornaram peritos no Kung Fu. Desenvolveram técnicas muito avançadas como o estilo bêbado. Também trabalharam o poder interno para dominar perfeitamente o desequilíbrio; foram oito grande mestres que dominaram o controle da energia (Chi Kung em um nível mais avançado).

Dentro deste grupo havia uma monja que era hábil no manejo de todas as técnicas de pernas – técnica que se desenvolveu através da Chi Kung Marcial.

Este estilo foi levado ao templo Shaolin para ser ensinado aos alunos mais avançados. Após a destruição do templo Shaolin, vários monges escaparam e se esconderam em aldeias e para não serem reconhecidos trocavam seus nomes e se vestiam como mendigos. Em cada aldeia deixavam ensinamentos que os aldeões os melhoravam adaptando a seus costumes e estrutura física. Dentro destas transformações nasce o estilo do bêbado do sul da China, que não é tão vistoso e sim efetivo na luta; nesse momento nasce o bastão do mendigo do sul; nome dado em honra a um monge que caminhava pela aldeias fazendo-se passar por mendigo cego e que ademais manejava seu bastão com grande habilidade.

Estilo do bêbado, com o tempo foi aperfeiçoado uma vez que perdia seu essência por ser um estilo difícil de aprender e executar. E nós todos estamos aptos para esta tarefa, já que é necessário uma preparação física, mental e espiritual muito refinada.
Este estilo destaca-se pela habilidade de enganar o inimigo utilizando o desequilíbrio, giros, saltos, esquivas e acrobacias, utilizando a força do oponente confundindo-o. as técnicas são utilizadas com energia interna desde o Tan-Tien, força da cintura, quadris e ombro, que se combinam para lançar um golpe de punho e perna seguido de rasteiras.

A finalidade desse estilo é manter nosso corpo em bom estado no plano físico para transformar e armazenar energia (Chi) que depois é usada em níveis espirituais mais avançados.
A prática do estilo do bêbado é um conjunto altamente refinadas, e por isso é considerada de maior alcance no plano físico.
Com a prática são realizadas transformações físicas sobre os órgão internos e glândulas endócrinas. Nosso corpo se converte em um deposito de energia que eleva o ser humano em um nível mais alto de consciência.

Através dos exercícios de Chi Kung começamos a canalizar a energia e a encontrar a conexão com a glândula para o desenvolvimento do feto imortal. A força vital do praticante depende basicamente das glândulas mencionadas, com a prática se incrementa o fluxo de hormônios fortalecendo assim o sistema imunológico. A energia sexual (criativa) melhora limpando e fortalecendo os órgão.

Isso é muito importante para ter órgãos fortes e desintoxicado, a prática ajuda a eliminar as toxinas, os resíduos e converte a gordura nas raízes dos tecidos conjuntivo em energia.
Atualmente existem estilos modernos do bêbado que foram simplificados do estilo para facilitar a aprendizagem.

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Artigo Retirado:Revista Trump!
Terceira Edição, páginas 43.

Artes Imortais