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O Melhor do Karate Volume 2 - Fundamentos

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Masatoshi Nakayama

Masatoshi Nakayama continua divulgando a tradição do seu mestre, Gichin Funakoshi, considerado o pai do Karate moderno.
Professor e diretor de educação física na universidade Takushoku, Nakayama foi instrutor-chefe da associação Japonesa de Karate de 1955 até 1987, ano em que faleceu. Faixa preta nono grau e figura conhecida nas competições, foi um dos primeiros a enviar instrutores para fora do Japão e a incentivar o desenvolvimento do Karate como esporte, proporcionando-lhe uma base cientifica.

Introdução

A última década assistiu uma crescente popularidade do Karate-Do em todo o mundo. Entre os que foram atraídos por ele encontram-se estudantes e professores universitários, artistas, homens de negócios e funcionários públicos. O Karate passou a ser praticado por policias e por membros das Forças Armadas do Japão. Em muitas universidades, tornou-se disciplina obrigatória, e o numero delas está aumentando a cada ano.
Com o aumento da sua popularidade, têm surgido certas interpretações e atuações desastrosas e lamentáveis. Primeiro, o Karate foi confundido com o chamado boxe do estilo chinês e sua relação com o Te de Okinawa, que lhe deu origem, não foi devidamente entendida. Há também pessoas que passaram a vê-lo como um mero espetáculo, no qual dois homens se atacam selvagemente, ou em que os competidores se golpeiam como se estivessem numa espécie de luta na qual são usados os pés, ou em que um homem se exibe quebrando tijolos ou outros objetos duros com a cabeça.

1. Os Quadris

A Fonte da Força

Nas técnicas decisivas do Karate (kime-waza) está oculta uma tremenda força explosiva. Está força é produzida pelos movimentos do corpo; especialmente importante é a volta da parte superior do corpo em combinação com a rotação dos quadris. O giro dos quadris, de maneira rápida e suave, mantendo-os ao mesmo tempo nivelados, também é encontrado em outros esportes, como o arremesso e a batida no beisebol, o ataque no golfe e no tiro ao alvo. Mas nem nos outros esportes nem nos socos e golpes de Karatê o estiramento e contração do braço são suficientes para resultar numa técnica eficaz.
No Karatê, bloqueia-se com os quadris e golpeia-se com os quadris.

O Giro dos Quadris

Nenhuma técnica consegue ser certeira e decisiva sem o uso máximo da rotatividade dos quadris.
Basicamente, o treino do giro dos quadris começa com movimentos rápidos numa escala relativamente ampla. À medida que se progride em ermos de habilidade, o giro deve ser rápido, mas em pequena escala. Por fim deve-se ter a sensação de os quadris girarem em um movimento definitivamente cortante.

Quanto às técnicas, há aquelas com movimentos rápidos, amplos e potentes e outras com movimentos rápidos, certeiros e curtos. É essencial o aprendizado de qual técnica é apropriada para cada situação. Isso só se consegue com o acúmulo de experiência.

O importante no treinamento inicial é o domínio da técnica rápida, potente, padronizada e que percorre o trajeto correto.
Quanto mais rápido for o giro dos quadris, melhor, porque dá à técnica uma enorme velocidade. O principio da rotação é o mesmo que o de uma mola. Quanto mais apertada estiver a mola, maior será sua força quando ela for solta. Girar o quadril (para a posição semi-voltada para frente) e bloquear é como torcer a mola. Girar is quadris no outro sentido (para a posição original) e dar o soco é como soltar a mola.

Recuo do braço (hiki-te) – giro dos quadris (bloqueio) – rotação inversa dos quadris – soco.

Os Pontos Importantes (ilustrações no arquivo para download)
1. Mantenha os quadris numa linha horizontal ao chão e gire-os levemente.
2. Não deixe que nenhum dos lados dos quadris se eleve, mantenha-os sempre nivelados.
3. Não gire os ombros sozinhos. Gire a parte superior do corpo levemente e em combinação com os quadris.
4. Mantenha sempre o torso ereto, tomando cuidado para que as nádegas não se projetem para trás.

Métodos de Prática
Ordem da prática: posição preparatória – posição semi-voltada para frente – posição voltada para frente – posição semi-voltada para frente.
1. Posição preparatória. Voltada para frente na posição avançada (Zenkutsu-Dachi), coloque a palma de ambas as mãos nos quadris. Com os polegares, pressione o ilíaco para cima. Mantenha o torso ereto.
2. Posição Semi-voltada para frente. Da posição avançada, gire os quadris vigorosamente para um lado (Hanmi, a 45° da posição frontal). O giro da parte superior do corpo tem de ser coordenado com o dos quadris.
3. Posição voltada para frente. Mantendo a parte superior do corpo ereta, gire suave e uniformemente os quadris para ficar de frente. Justamente no termino desse movimento, a força é mais substancial. Nesse instante, arremesse-se vigorosamente para baixo com a perna de trás.
4. Posição semi-voltada para frente. Retirando toda a força, silenciosa e lentamente retorne a posição semi-voltada para frente.

Giros Sucessivos

Quando as técnicas são executadas, como no bloqueio seguido de soco ou seco seguido de bloqueio e novamente de soco, os quadris têm que girar sucessivamente. Ao passar da posição voltada para frente para a semi-voltada para frente, à volta para frente e à semi-volta para frente, se a volta for completa, o retorno será mais natural e correto. Para fazer pleno uso dos quadris, os músculos laterais do abdômen têm que estar completamente tensos. Somente quando esses músculos estiverem totalmente tensos é que os quadris girarão naturalmente.

Rotação Regular e Inversa
De acordo com a técnica, a rotação dos quadris é regular ou inversa. Não há diferença na efetividade da técnica.
Jun Kaiten (Giro Regular)
A direção do giro e a direção da técnica são as mesmas.
Os quadris giram para a esquerda; o punho direito é usado para execução de técnicas como o soco direito (choku-zuki), soco semicircular (mawashi-zuki) e soco gancho (kagi-zuki). Os quadris giram para a direita; o braço esquerdo é usado em técnicas como o bloqueio para cima (age-uke) e o bloqueio de fora para dentro (soto-uke).

Gyaku Kaiten (giro Invertido)
A direção do giro e a direção da técnica é oposta. Os quadris giram para a direita e a técnica é executada para a esquerda. O giro inverso é usado principalmente para o bloqueio para baixo (gedan barai); bloqueio contra o ataque ao corpo, de dentro para fora (chudan uchi-uke); bloqueio com a mão em espada (shuto uke), etc. na disputa, entretanto, há casos, como quando se está muito próximo, em que esses bloqueios podem ser efetuados com o giro regular.

Nakayama. M, O melhor do Karate – Fundamentos, Tradução Carmen Fischer, Editora Cultrix, São Paulo, 1978.

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